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domingo, 10 de janeiro de 2010

Até onde Deus alcança

Fui criado em uma igreja Batista e uma pergunta sempre me ronda a memória desde os tempos de adolescente assim como uma série de respostas discordantes. 

"Porque Deus em sua onipotência permite que o mundo caminhe dessa maneira?"

Freud afirma que Deus não existe, ou se existir não pode ser tão onipotente assim, pois se existe o mundo não seria como está hoje. Como vocês explicam isso?

6 comentários:

Rosane Vasconcelos disse...

O mundo foi criado por Deus e o homem tb. Foi colocado no Parasio para administrar tudo. pecou, desibedceu o Criador. O que temos hoje, sao pessoas que vivem neste muito sem qq compromisso c/ sua vida, deixando a vida a levar, sem rumo, sem pensar no próximo, sem ter limites. Não somos fantoches nas mãos de Deus. Temos vontade, e esta nossa vontade qdo não é tb a vontade de Deus, só traz degradação, horror, medo, desamor Qdo se tem Deus na vida e se eta no centro da vontade de Deus, é tudo diferente, pois sabe que mar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como me amo, a PAZ reina, não se estrói a naturaza, não deixo o meu próximo morrer de fome, de frio, na rua, doente, etc. O mundo seria realmene outro.

Cristiano Amorim disse...

A onipotência é um dos atributos clássicos de Deus. Porém é um atributo pensado e construido pela mente humana, não por Deus. Dificilmente conteria o modo como Deus manifesta seu poder. Os atributos revelados pelo próprio Deus talvez nos dêem pistas de melhores. Jesus diz que os poderosos subjugam e dominam, mas que o verdadeiramente poderoso é aquele que serve. Talvez então Deus exerca seu poder provendo e servindo, e quando respiro o ar gratuito, e aguardo o sol que certamente surgirá, e não me preocupo em programar meu coração para bater enquanto estiver dormindo, entendo que Ele está servindo, ou exercendo poder do modo dEle.

Jesus também diz que Deus faz nascer o sol e chover para justos e injustos. Entendo que o poder de Deus foge da minha dimensão humana, pois ele serve aos bons e maus, coisa que eu jamais faria...( e teria que cometer suicídio, quando me descobrisse não tão "bom"...).

Quando perguntado sobre a causa da doença de um cego, Jesus descarta a doença como castigo, mas diz que nela se manifestará as obras de Deus. Entendo que qualquer doença é uma limitação da vida, ou seja, um prenúncio da morte, limitação comum a todos os homens.
Poderosos e humildes, quando doentes, estão nivelados pela sua condição passageira na história do mundo. Nest momento, não somos mais "uteis", nem "produtivos", nem "tecnológicos", somos apenas frágeis e dependentes. A lógica humana pura nos descartaria, mas a onipotência de Deus, manifestada em serviço incondicional, pode nos salvar.
Por tudo isto, creio que somente a presença cotidiana de um Deus que serve incodicionalmente (graça), mantém ainda vivo um mundo com bilhões de seres naturalmente egoístas e violentos. Realmente Deus é onipotente.

Deus é minha força disse...

Acredito que o homem não sabe nada de Deus. A nossa mente limitada não faz idéia da onipotência e designo de Deus. Também me pergunto muito porque tantas vidas inocentes sofrem nesse mundo, e porque simplesmente Deus não da um basta nisso tudo. Com certeza deve haver uma explicação que o homem só vai saber quando estive cara a cara com Deus.O homem é dominado por seus sentimentos de vaidade e egoísmo .Ninguém é realmente bom, mentimos somos interesseiros.Acredito que se Deus destruísse logo tudo sem da ao homem a chance de mudar, acho que Deus deve ter essa esperança, ele estaria decretando que a criação do homem não deu certo mesmo.O projeto de Deus sempre foi o melhor para o homem,porém o livre arbítrio dado ao homem é que o estragou. O homem nunca soube escolher bem. Entre escolher ou não comer o fruto escolheu comer, entre aceitar a profecia de Noé preferiu rir dele, no deserto escolheram construir um bezerro de ouro para adorar ao invés de esperar Moisés voltar, se não fosse o poder de Deus eles até voltariam para o Egito pois falavam que era melhor viver no Egito do que morrer no deserto, escolheram Barabás. Enfim só nos resta orar tentar convencer através da mensagem da salvação o máximo de pessoas possível que o projeto de Deus nunca foi o sofrimento do homem e sim a vida e vida em abundancia.

jackson disse...

Para compreender e debater a questão, é preciso contextualizá-la: o ambiente de análise deve ser a Bíblia. A Bíblia apresenta exemplos ricos da impossibilidade de Deus interferir na vontade, nas decisões humanas. Mas, como? Ora, o ser humano a mais rica peça da criação, por isso, imagem e semelhança do Criador. Fruto da semelhança é o poder de decidir por si só, sem necessitar da interferência de ninguém. Deus não interfere ou porque respeita ou porque criou para si mesmo a impossibilidade de interferir. Isso desde o início do mundo. Moisés precisou ser convencido, do mesmo modo como Jonas e todos os exemplos bíblicos, do Velho e do Novo Testamento demonstram isso. Então, Deus não tem qualquer responsabilidade sobre a qualidade da vida na Terra, fora do Paraíso. A responsabilidade é tão somente nossa. Outro ponto a considerar: Deus Pai é pela destruição do Ser Humano; sempre foi. Agiu assim no dilúvio, em Sodoma e Gomorra e tentou agir assim no deserto com os judeus. No deserto foi impedido por Moisés. Deus Filho, Este sim, acredita na obra da redenção. Cristo trabalhou e trabalha com a possibilidade de modificar o coração humano e nisso está a essência do Evangelho: o amor ao próximo, mais ainda quando o próximo não nos ama. Por acreditar na redenção, Cristo se deixou levar à cruz, momento em que Ele disse: "Pai, por que me abandonaste?" De onde vem a idéia do abandono? Não é da presença do pecado, mas da convicção de Deus Pai de que a obra da redenção era exclusivamente um desejo de Cristo.

Eduardo Diniz disse...

No princípio criou Deus os céus e a terra... E viu Deus que tudo era bom. Criou o homem a sua imagem e semelhança, Deus sempre quiz que o mundo fosse perfeito, fez tudo da melhor maneira possível. Mas daí veio o inimigo, induziu Eva e os dois pecaram, a partir daí o pecado entrou no mundo. E Deus condenou o homem e a mulher. Tendo o pecado entrado no mundo o homem passou a ter o seu livre arbítrio, a tomar suas escolhas e decisões, e a partir daí começaram a vir a ganância e o mundo nunca mais foi o mesmo. O homem destrói para conseguir o que deseja, não valoriza a criação de Deus.
"No mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo, EU venci o mundo".
Deus permite que o mundo ande dessa maneira pois muitas coisas que ocorrem são consequência de pecado da humanidade, mas Deus deixa claro que sempre dará o melhor para o servo justo e fiel. Assim como fez no princípio na arca de Noé, assim como em Sodoma e Gomorra. "O mundo jaz do malígno"
O mundo hoje está perdido, muita destruição, muita coisa ruim acontecendo e tudo está se cumprindo de acordo com a palavra de Deus. Estamos aqui apenas de passagem para anunciar a palavra de Deus aos perdidos, em vusca de salvação de almas...
As vezes não entendemos porque o mundo caminha dessa maneira, mas só estamos aqui pra cumprir a vontade de Deus, somos escolhidos para essa grande obra, passamos por problemas e dificuldades, mas Deus nunca nos desamparará !

Rodrigo Vasconcelos disse...

A ciência do bem e do mal, e do bom e do mau, é fruto do pecado original. Sem essa percepção é impossível rotular Deus como destruidor ou mantenedor de tudo. Muitas vezes igrejas, santos, e pregadores quando mencionam que a Bíblia mantém que tudo aquilo que é bom provem de Deus, esquecem de contar a estória toda. Deus criou todas as coisas e, dependendo da teologia aceita, ele É todas as coisas. Do ponto-de-vista do Altíssimo, TODAS elas são boas (incluindo a morte, a doença, e o próprio Satanás.) Nós é que enxergamos por lentes precárias.
Sem pecado, nunca teríamos conhecido o Deus-Homem, e jamais poderiamos testemunhar de seus milagres. Sem Satanás, Jó jamais poderia ter escrito uma das mais belas poesias de amor a Deus. Sem inimigos humanos, Davi jamais teria motivos para cantar suas vitórias.
Sem mal, não há temor a Deus. Sem bênçãos e milagres, não há razão para cantar. Nesse dualismo é que vejo que o Criador é perfeito e sua obra é magnífica.