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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pastor ou gerente? Igreja ou empresa?


Texto de autoria do Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho. Uma visão clara e bíblica do papel dos pastores e da igreja com a tendência que temos tido de aplicar métodos, fluxogramas e idéias "geniais" para alavancar nossas igrejas. Os tempos mundam, os povos mudam, mas Cristo, a Igreja tem de ser as mesmas.

Destaco:
"Não querem ouvir a voz de Deus, até mesmo porque isso é perigoso. Querem ouvir o eco de sua própria voz. E atribuem ao eco o status de voz divina."

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Templo - Texto definitivo

Sabemos da grande confusão que existe quando falamos de templo ao nos referirmos aos prédios, edificações onde os crentes se reunem. O texto de autoria do Pr. Renato Cordeiro de Souza (da Primeira Igreja Batista de Teresópolis/RJ) é o mais sucinto e definitivo na discussão deste assunto.

Um cântico para louvar Jesus, não o templo
Publicado no informativo da PIBT em 18 de julho 2010
Pr. Renato Cordeiro de Souza

No Antigo Testamento, quando um judeu queria estar na presença de Deus, ele ia ao templo. Por isso, vários salmos exaltam Jerusalém, a cidade do Grande Rei e o Monte de Sião, onde o templo ficava localizado. Para o hebreu daqueles dias, estar no templo era estar diante do próprio Deus. Por isso, alguns salmos chamam os adoradores para que observem bem o templo, as suas torres, e pormenores da sua estrutura.

Havia até salmos feitos para os peregrinos, em romaria, que iam  ao templo, em Jerusalém. São chamados de “cânticos dos degraus” ou “cânticos de romagem”. Os peregrinos cantavam a expectativa de estarem diante de Deus, no templo: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor”, diz um bem conhecido.  No Salmo 84, o autor sente inveja das andorinhas e dos pardais que fizeram ninho dentro do templo, pois eles podem viver diante do Senhor o tempo todo.

Steve McEwan escreveu um cântico baseado no Salmo 48, que é cantado por nossas igrejas hoje. Se o irmão está lembrado, o cântico diz assim:

“Grande é o Senhor e mui digno de louvor,
na cidade do nosso Deus, seu santo monte,
alegria de toda a terra.”

Só que o Deus a quem servimos não fica limitado ao templo. Como bem disse o Rei Salomão, na oração que fez durante a cerimônia de inauguração do templo: “Eis que o céu e o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei” (2Cr 6.18).

A Bíblia é cristocêntrica, ou seja, suas páginas sempre apontam para Jesus. No Novo Testamento Jesus substitui o templo. É que Deus veio ao mundo na pessoa de Jesus.  Ele “se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória como a glória divina do Pai” (Jo 1.14). Jesus é Emanuel, Deus conosco (Mt 1.23). Estar diante de Jesus é estar diante de Deus (Jo 10.30). Ter Jesus é ter Deus na vida. Por isso, no Novo Testamento, o templo são os crentes em Jesus Cristo, onde o Espírito Santo habita (1Co 6.19). 

Então, em certo sentido, o Salmo 48 já caducou. Não devíamos cantar a beleza do templo, nem o Monte de Sião, e muito menos nos concentrar nos seus muros, torres ou baluartes.  Até porque o templo de Jerusalém já nem existe mais. Tudo o que é dito sobre ele, no Salmo e neste cântico, se aplica à pessoa de Jesus.

Somos gratos pela obra de Jesus em nossas vidas, pois Ele nos perdoou, nos justificou, está nos santificando e nos glorificará.  Ele, sim, é grande e digno de louvor e traz alegria aos que O conhecem. Ele nos dá vitória e nos ajuda contra os inimigos (Rm 8.31-39). É o nome de Jesus, nome sobre todo o nome, que deve ser engrandecido (Fp 2.9-11). Hoje vivemos confiados no Seu infinito amor (Jo 3.16, Rm 5.5-11).  Então, por favor, da próxima vez que for cantar este cântico, cante-o pensando na grandeza do nosso Senhor e Salvador Jesus.

domingo, 25 de julho de 2010

Castelo Forte

Escrito por Martinho Lutero em 1529, é um dos meus hinos preferidos, assim como "Deus é Fiel". A letra resume o que é crer em Cristo, quais são as promessas de cuidado e os desafios de ser cristão.

Segue a letra:
Castelo forte é nosso Deus.
Espada e bom escudo,
Com seu poder defende os seus
Em todo transe agudo.
Com fúria pertinaz
Persegue Satanás,
Com artimanhas tais
E astúcias tão cruéis,
Que iguais não há na terra.

A nossa força nada faz,
Estamos, sim, perdidos;
Mas nosso Deus socorro traz
E somos protegidos.
Defende-nos Jesus,
O que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus;
E, sendo o próprio Deus,
Triunfa na battalha.

Se nos quisessem devorar
Demônios não contados,
Não nos podiam assustar,
Nem somos derrotados.
O grande acusador
Dos servos do Senhor
Já condenado está;
Vencido cairá
Por uma só palavra.

Sim, que a palavra ficará,
Sabemos com certeza,
E nada nos assustará
Com Cristo por defesa.

Se temos de perder
Os filhos, bens, mulher,
Embora a vida vá,
Por nós Jesus está,
E dar-nos-á seu reino.

sábado, 10 de julho de 2010

A pátria de chuteiras - Pr. Renato Cordeiro de Souza

A PÁTRIA DE CHUTEIRAS 

Pr. Renato Cordeiro de Souza - Primeira Igreja Batista de Teresópolis
 
Incomoda-me ver um comercial de cerveja onde aparecem técnico e jogadores da seleção brasileira de futebol convocando a torcida para uma guerra de chuteiras. Talvez por isso, o técnico tenha deixado de lado jogadores hábeis como Neimar, Ganso e Ronaldinho Gaúcho. Ele optou por gente tipo “bateu-levou”, como Júlio Batista, Kleberson e Felipe Melo. Ele não queria gente boa de bola, desejava guerreiros.  De repente, a bola se transforma numa bomba, o gramado se transfigura em ferrolhos, e um mero jogo de futebol passa a ser uma batalha de vida ou morte. 
Agora, veja a diferença. Perguntei aos meus amigos de Portugal onde veriam o jogo do Brasil x Portugal. Eles me disseram que estariam trabalhando na hora do jogo. A Copa do Mundo não para o País. Também, em Londres, houve até um movimento para que as pessoas fossem dispensadas do trabalho na hora dos jogos do English Team. Só que o pedido foi imediatamente rejeitado. É assim que acontece em país sério. A Copa do Mundo não é vista como a terceira guerra mundial nem mesmo como uma simples batalha. Não é uma guerra de chuteiras. Trata-se de uma mera competição esportiva. 
Já é um absurdo termos anúncios de bebidas alcoólicas cedo, de manhã, nas TVs. Em países sérios, assim como foram abolidos anúncios de cigarro, também não consentem anúncios de bebidas alcoólicas. Noutros, a propaganda de bebidas só pode ser veiculada na TV depois das 22h. Claro que o lobby das empresas do ramo aqui é muito forte, e derrama muita grana nas mãos dos nossos parlamentares para que uma lei assim não seja aprovada. 
É uma estupidez associar jogadores de futebol com guerreiros e adicionar a isso bebida alcoólica. Temos aí uma mistura suficiente para uma explosão social. A torcida vai enchendo a cara, ao som das vuvuzelas e de batuques. Se a seleção ganha, tudo bem. Mas se perde, temos combustível considerável para brigas, confusão e tragédias.
A minha expectativa é que nosso técnico e jogadores tenham se prestado a fazer um comercial impróprio desses apenas pela grana que receberam. Consola-me vê-los todos com chuteiras coloridas. Eles já não precisam da velha e fora de moda chuteira preta, que usavam quando lutavam por um lugar ao sol nos gramados do País. As chuteiras coloridas se prestam, hoje, a mandar mensagens para a torcida, e engrossar as suas contas bancárias. Ricos e famosos, agora não vemos nossos jogadores indo na bola com raça, porque já não precisam dela, como no passado, quando iam nela como num prato de comida. 
Claro que gostaria que o Brasil fosse hexa, mas, confesso, vibraria muito mais se a nossa Pátria fosse campeã sem chuteiras. Que não víssemos, estarrecidos, a sofrida população do sertão nordestino perder tudo o que tem em função da falta de investimento em infraestrutura. E saber que o projeto pessoal do ex-Ministro da Integração Nacional, futuro candidato ao governo da Bahia, canalizou 37% das verbas para prevenção contra desastres para atender aos municípios do seu Estado. É um caso claro de uso de verbas públicas com fins eleitoreiros. Para Alagoas, Estado governado pela oposição, e no epicentro do flagelo, apenas 0,3%.  Num país onde o povo não fica bêbado ou anestesiado por uma Copa do Mundo, ele teria sua candidatura a governador cassada, e ainda estaria sujeito a prisão. 
Perdemos. Mas não é o fim do mundo. Importante é que nos tornemos  cidadãos conscientes dos nossos direitos e deveres. E, sobretudo,  nós, crentes em Cristo, sejamos “guerreiros do evangelho” que,  com coragem, determinação e ardor, combatamos o bom combate, acabando a carreira e guardando a fé.

sábado, 19 de junho de 2010

O grande abismo - C. S. Lewis


O grande abismo, obra de C. S. Lewis, é uma visão fantástica dos momentos de nossas conversões. Mostra com clareza o real significado de "buscar a Deus acima de todas as coisas".
Livro impactante e lúcido de um dos maiores escritores cristãos do século XX.